Morreu na manhã desta terça-feira (04), o jornalista e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Milson Coutinho.
Vitimado por uma parada cardiorrespiratória Milson Coutinho tinha 81 anos de idade.
Além de jornalista, Milson era advogado, historiador e ex-presidente da Academia Maranhense de Letras.
Em nota, A Ordem dos Advogados do Maranhão, lamentou seu falecimento.
”A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA), solidariza-se com a classe advocatícia, os familiares, e amigos do advogado, Milson de Souza Coutinho (OAB/MA 9.1235).
À família, aos amigos e colegas de profissão deixamos nossos votos para que todos possam seguir suas vidas confortados na fé, em momento tão difícil”.
Em nota o Governo do Maranhão, também manifestou pesar.
“O Governo do Maranhão manifesta profundo pesar e tristeza pelo falecimento de Milson Coutinho, nesta terça-feira (4).
Milson de Souza Coutinho nasceu em Coelho Neto no dia 9 de março de 1939. Era advogado, jornalista, professor, ensaísta, historiador, procurador e magistrado (desembargador aposentado).
Também membro da Academia Maranhense de Letras, desde 10 de setembro de 1981 e empossado em 13 de maio de 1982, sucedendo Erasmo Dias e sendo recepcionado pelo escritor Jomar Moraes.
O Governo do Maranhão se solidariza, em especial, com a família e os amigos de Milson Coutinho neste momento de perda“.
O Tribunal de Justiça do Maranhão, onde Milson foi presidente, também lançou nota sobre seu falecimento.
“O desembargador aposentado, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e historiador com vasta produção literária, Milson Coutinho, faleceu nesta terça-feira, 4 de agosto de 2020, deixando um importante legado histórico de vida, conhecimento e pesquisa compartilhados em seus ensaios, apontamentos e livros publicados.
Com profunto pesar, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Lourival Serejo, em nome dos demais desembargadores membros da Corte, lamentou a perda do estimado desembargador aposentado Milson Coutinho, ao tempo em que solidarizou-se com a família do magistrado, desejando conforto e serenidade em momento tão difícil de imensurável perda, prestando condolências e expressando os mais sinceros pêsames”.
SOBRE
Natural de Coelho Neto, Milson de Souza Coutinho era advogado, jornalista, professor, ensaísta, historiador, procurador e magistrado (desembargador aposentado).
Fez o curso primário no Grupo Escolar Coelho Neto, da cidade do mesmo nome (1949/1952); cursos ginasial e científico no Liceu Maranhense (1954/1961); bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, tendo colado grau em 19 de dezembro de 1972.
Redator do Jornal Pequeno, do Diário da Manhã, de O Imparcial, Jornal do Dia e do Diário do Norte, no período de (1959/1970). Colaborador de O Estado do Maranhão e de O Debate. Assessor de Imprensa da Prefeitura de São Luís (1967/1969).
Diretor do Arquivo Público do Estado do Maranhão, no Governo Luiz Rocha; assessor jurídico das prefeituras dos municípios de Pedreiras, Buriti, Duque Bacelar, Caxias, Coelho Neto, Coroatá e Lago do Junco (1973/1978); Fiscal de Rendas, por concurso, da Prefeitura de São Luís, 1969; Procurador dos Feitos da Fazenda Pública do Município de São Luís.
Foi suplente de Vereador, pelo PDS, no município de Pedreiras (82/86); suplente de Deputado Estadual (1967/1971); Procurador-Geral da Câmara Municipal de São Luís (1993); Procurador efetivo do Estado de (1968/1992); Subprocurador-Geral do Estado e Procurador-Geral do Estado em substituição (1993); Assessor jurídico da Assembleia Estadual Constituinte (1989); Consultor Jurídico das Câmaras Municipais Constituintes de São Luís e Caxias (1990). Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão pelo quinto constitucional (1994) e aposentado em 2009.
Vice-Presidente e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, em (1997) e entre (1998/1999). Membro do Colégio Brasileiro de Presidentes dos TREs (1998/1999); Vice-Presidente do Tribunal de Justiça (2001/2002); Presidente, biênio (2004/2005). Membro do Colégio Brasileiro de Presidentes dos Tribunais de Justiça, de (2004/2005).
OBRAS DE DESTAQUE
- Atualidades do Padre Vieira – O Poder Judiciário no Maranhão (1978)
- Apontamentos para a História Judiciária de Coroatá (1978)
- Apontamentos para a História Judiciária do Maranhão (1979)
- Apontamentos para a História do Maranhão (1980)
- A Revolta de Bequimão (1984)
- A cidade de Coelho Neto na História do Maranhão (1984)
- O Maranhão no Senado (1985)
- Imperatriz: subsídios para a História da cidade (1985)
- Sarney – Apontamentos para a vida e obra do chefe liberal (1986)
- História do Tribunal de Justiça – Colônia, Império, República (1999)
- O magistrado da cidadania e justiça (2002)
- Fidalgos e barões: uma história da nobiliarquia luso-maranhense (2005)[3]
- Os 390 anos da Câmara Municipal de São Luís (2009)
- Constituições Políticas do Estado do Maranhão (2009)
Dr. Milson Coutinho foi um grande profissional da advocacia prestando um enorme serviço à sociedade maranhense e teve ainda importante papel na literatura maranhense chegando a presidir, em 1981, a Academia Maranhense de Letras (AML), tendo sido empossado em 13 de maio de 1982, sucedendo Erasmo Dias e sendo recepcionado pelo escritor Jomar Moraes.