Governador do Maranhão pode virar ficha suja e ter sua candidatura a presidência inviabilizada

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Procuradores da República terão de analisar as razões que levaram o governo de um Estado do Nordeste a gastar R$ 1,2 milhão em dois contratos referentes a assinaturas da revista Carta Capital. Isso porque a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) anunciou hoje que encaminhará representação ao Ministério Público (MP) contra os atos realizados pela gestão do governador Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão.

“Esse ato de improbidade não pode ficar impune”, acusou Carla em postagem divulgada pelo Twitter. De acordo com a parlamentar, o político comunista não poderia utilizar dinheiro público para investir em exemplares de uma publicação que representaria a “extrema-esquerda”. Além disso, a deputada afirma que o veículo de comunicação em questão se presta a fazer “promoção pessoal” do governador maranhense.

Contratos sem licitação

A prometida representação citada por Carla Zambelli ocorre dois dias após a revelação de que a Secretaria de Educação do Maranhão assinou dois contratos sem licitações com a Carta Capital, revista que tem entre seus apoiadores figuras como Gregório Duvivier e Guilherme Boulos. Com valores de R$ 600,5 mil e R$ 671,9 mil, os acordos previam 1.472 assinaturas da publicação e foram celebrados, respectivamente, em abril de 2019 e agosto de 2020. Entre um acerto e outro, Flávio Dino foi capa de edição da publicação, conforme destacou a rádio Jovem Pan em reportagem divulgada nesta semana.

O governador Flávio Dino já foi capa da Carta Capital | Foto: DIVULGAÇÃO

Fonte: Revista Oeste.

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