Denúncias de adversários levam MP e Justiça a erro em Anajatuba

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O repasse de R$700 mil reais no próximo dia 10 pode ser o principal motivo que ensejou a representação

Faltando apenas 27 dias para findar a gestão no município de Anajatuba (132Km de São Luís), atendendo ao pedido do Ministério Público, em decisão liminar, o juiz Bruno Chaves de Oliveira determinou na sexta-feira (04) o afastamento imediato do prefeito Sidney Pereira até o dia 31 de dezembro, quando encerra o seu mandato. Recai sobre o prefeito suspeitas de improbidade administrativa.

Derrotado nas urnas no dia 15 de novembro, Sydnei lamentou e está trabalhando para reverter à decisão no Tribunal de Justiça. “Eu acredito que a Ação Civil Pública proposta pelo MPE, com base em informações prestadas pelos meus opositores, está alicerçada em fatos inverídicos apresentados com o fito de induzir a erro tanto o promotor quanto o magistrado, pois não houve paralisação do serviço público após James Mendes perder, candidato que apoiei. Tanto que muitas obras estão sendo concluídas”, disse o prefeito.

Exemplo disso é a inauguração da Unidade de Ensino Municipal Padre Pedro Miguel Rabelo na comunidade quilombola de Ladeira, na manhã de sexta-feira (04), antes da decisão judicial que culminou com o afastamento do prefeito. Há também a praça na localidade Bacabal já concluída também estava prevista para ser inaugurada na tarde de ontem. Há ainda a revitalização da entrada da sede com iluminação de led, bloquete e asfaltamento, além dos seis quilômetros de asfalto na estrada do Afoga derrubam por terra a denúncia de paralisação dos trabalhos administrativos no município.

“Eu nasci no povoado Bacabal em Anajatuba. Talvez em outras cidades em que o gestor foi derrotado possa estar acontecendo o que foi alegado pelo MPE, que embasou a decisão do magistrado em caráter liminar, mas em Anajatuba estão falseando a verdade. Não acredito que essa seja a melhor saída, digo, abandonar a gestão ou saquear os cofres públicos. Eu preciso avaliar e entender a resposta dada pelas urnas assim como também assimilar as razões que levaram as autoridades a acatar as denúncias formuladas pelos meus opositores, desprezando alguns detalhes importantes. Tem como falar em abandono de serviço público com o tanto de obras que estamos concluindo no município? Será se, quando chegam ao fórum da cidade, as autoridades não conseguem perceber os homens e as máquinas trabalhando na área de limpeza pública, recapeamento asfáltico e outros itens? De fato, é no mínimo estranho, no entanto, decisão judicial não se discute, cumpre-se”, afirmou.

Sydnei Pereira, que anunciou que deixará mais de R$ 600 mil reais na Educação, mais precisamente no item merenda escolar, além de recursos também em outras pastas, questiona a denúncia no tocante à destruição de possíveis provas documentais dos anos de 2013 e 2016, que teriam sido retiradas da prefeitura e incineradas no lixão da cidade.

“Essa informação beira a loucura, pois quem em sã consciência pegaria papéis que, em tese, deveriam sumir do mapa e incineraria no lixão público da cidade? Por que eu iria destruir documentos de 2013 se nem pensava em ser prefeito? Ou de 2016, quando estava interinamente no cargo e toda nossa documentação é digitalizada e enviada aos órgãos de controle? Como iria destruir provas que poderão usar em defesas futuras? Enfim, são informações que não coadunam com a realidade, contudo, estão sendo apresentadas e serão enfrentadas na esfera judicial. Eu não tenho certeza das razões de todo esse imbróglio, mas não descarto a possibilidade de ter como escopo a apropriação do recurso de 1% extra, que toda prefeitura recebe nos meses de julho e dezembro para ajudar na complementação do pagamento das despesas, que em Anajatuba atinge mais de R$700 mil reais os quais poderiam ser utilizados logo em janeiro para adimplir possíveis débitos de campanha”, finalizou.

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