Aumento de Capelães continua sem explicação.

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A defesa do governador Flávio Dino (PCdoB) e de seu vice, Carlos Brandão (PRB) apresentou alegações na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), relacionadas a nomeações de capelães para o Sistema de Segurança do Estado e também a circular da Polícia Militar que determinou chamento de adversários do governador comunista. Nas defesas, não foram explicadas nem o aumento do efetivo de capelães e nem o motivo pelo qual oficiais da PM emitiram determinação para char
adversários do governador.

A coligação “Maranhão quer mais” entrou com ação contra o governador Flávio Dino e mais seu vice, Carlos Brandão e também contra o secretário de estado de Segurança Pública, Jefferson Portela e o comanda geral da Polícia Militar, coronel Jorge Loungo, por prática de abuso de poder política ao utilizar a estrutura governamental a favor do candidato a reeleição.

As defesas dos investigados já foram apresentadas e não ofereceram qualquer contraditório que anulassem as acusações
da coligação “Maranhão quer mais”.

Sobre a nomeação de capelães, que desde quando Flávio Dino assumiu o comando do estado até o momento aumentou de 14 para mais de 50, a defesa do comunista apenas alegou que houve aumento de efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e que devido a isto eram necessárias novas nomeações de líderes religiosos para as duas corporações. Entretanto, a defesa do comunista não explicou quais os critérios para as escolhas dos líderes religiosos como também as igrejas.

A defesa de Dino resumiu que é de escolha do governador quem nomear para os cargos, que foram criados após posse do comunista, em 2015. Os advogados do governador também não explicaram as idas há eventos religiosos da Convenção das Assembleias de Deus do Maranhão (Ceadema) durante 2017 e 2018.

“No Estado do Maranhão, os capelães atuam com vistas a garantir a estabilidade espiritual necessária ao desempenho das relevantes (e complexas) atribuições da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, atividades essas que lidam diariamente com elevado estresse”, alegou a defesa de Dino sem explicar os critérios para as escolhas de líderes religiosos, que, na maioria, foi oriundo da Assembleia de Deus.

Sobre a participação do governador e candidato a reeleição, a defesa do comunista não explicou as aparições dele em mais de um ato religioso da Assembleia de Deus. Entre os citados na Aie está o que Dino agradece apoio de pastores na sua vitória eleitoral em 2014 e ainda diz que foi o primeiro governador a nomear um pastor a coronel de polícia no Maranhão, Além disto, Flávio Dino garantiu que já havia aumento de 14 para 50 o número de capelães e a previsão, na época, era de que mais 10 vagas fossem criadas.

“Quando eu cheguei ao governo, os capelães eram apenas 14; hoje são 50. E nós vamos criar, anuncio aqui em primeira mão, mais 10 vagas. O pastor Porto está cuidando disso. Porque eu criei as vagas dos Bombeiros, criamos da penitenciária, mas faltou o da Polícia Civil”, disse Dino em evento da Assembleia de Deus, em 2016.

Espionagem

A defesa de Flávio Dino e Carlos Brandão também não conseguiu explicar o memorando da Polícia Militar que determinou o monitoramento de adversários do governador que poderiam causar problemas nas eleições de 2018. Em resumo, a defesa do comunista disse apenas que o documento emitido por oficiais que atuam no interior foi feito sem consentimento do comando geral da PM e também da Secretaria Estadual de Segurança Pública.

No entanto, não conseguiu apontar os responsáveis pela determinação, que na época, segundo a pasta comandada por Jeferson Portela, alegou ter sido responsável pela ordem o coronel Heron Santos, ligado ao PCdoB de Flávio Dino. A determinação de Heron Santos e sua ligação com o partido do governador não foi mencionado pela defesa do comunista.

Eliziane e Weverton foram acionados

A Aije impetrada pela coligação “Maranhão quer mais” pede a cassação do diploma de Flávio Dino e seu vice e também dos senadores eleitos Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). O processo ainda tramita no TRE.

Por Linhares Junior

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