Com salários atrasados, médicos da rede estadual de saúde ameaçam fazer greve por tempo indeterminado

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Que a saúde financeira do estado do Maranhão não anda bem, isso já é de conhecimento público, até mesmo porque decretos estão sendo editados para cortar gastos e também aumentar o caixa do Estado. Mas outra situação evidencia os problemas com a falta de verba: o atraso no salário dos médicos da rede estadual de Saúde.

Desde agosto, quase mil médicos que atendem em unidades de saúde do estado estavam com os vencimentos atrasados.

Em um acordo, os salários de agosto foram quitados cerca de três meses depois e o de setembro seria pago até dia 25 de novembro.

No entanto, o acordo não prevaleceu. Parte dos profissionais chegou a receber o salário no início de novembro, conforme foi previsto, mas outra parte não recebeu. Diante disso, o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos do Maranhão reuniram os profissionais e decidiram denunciar ao Ministério Público Estadual o descaso e desrespeito da gestão comunista.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), que chegou a anunciar o acordo por meio de redes sociais, ainda não explicou por qual motivo os médicos não foram pagos. Além de parte dos salários de setembro, o governo deve ainda o mês de outubro e agora o de novembro.

A sorte dos contribuintes que precisam a rede pública de saúde é que os médicos têm a consciência de que o serviço que eles prestam é essencial e a paralisação das atividades causaria prejuízo a população no bem mais precioso que é a vida.

Ainda assim, ameaçaram cruzar os braços na próxima terça-feira e manter apenas serviços de urgência e emergência.

Que o governo possa ter a mesma consciência da importância dos serviços médicos e honre com os salários dos profissionais.

Sem saída – As entidades de classe que representam os médicos parecem não ter muita saída a não ser denunciar ao Ministério Público.

Fica a esperança da categoria de que o MP também tenha a consciência da importância dos médicos para a população.

A mesma relevância que os médicos cubanos tinham, como o próprio governador chegou a comentar.
Estado Maior
Por Jorge Aragão

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