O professor Natalino Salgado Filho fez o lançamento de sua candidatura a reitor da Universidade Federal do Maranhão na manhã desta segunda-feira (3), com apoio de entidades representativas da comunidade acadêmica, como Sintema, Assuma, SindUFMA e AAUFMA, grande número de docentes, discentes, técnico-administrativos e de lideranças do grupo Pacto pela UFMA. A consulta prévia para a composição da lista tríplice aos cargos de reitor e vice-reitor junto à comunidade universitária será realizada no dia 26 de junho.
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O ato de lançamento foi marcado pela emoção e discursos de apoio à candidatura de Salgado. Entre eles, de quatro dos sete candidatos que disputam a vice-reitoria: Marcos Fábio, de Imperatriz, Walter Nunes, Wener Santos e Eduardo Batista. Com o lema “Para cuidar bem da UFMA”, a campanha ganhou amplo apoio de setores internos e externos ao campus.
Em sua fala inicial, o professor reconheceu os desafios diante de dificuldades de várias ordens; em termos salariais, das condições de trabalho, etc. “Nunca foi fácil a educação ao longo da história deste país. Nunca foi prioridade no passado, nem é no presente. Tivemos altos e baixos. E até momentos que sinalizavam que nós iríamos prosperar. É uma luta contínua e árdua”, lembrou o candidato.
Sobre o Pacto, Natalino ressaltou que foi um trabalho árduo construir esse projeto coletivamente, em toda extensão da universidade, atingindo os 9 campi da UFMA. Sublinhou os obstáculos e solavancos superados, norteado em um só objetivo: ouvir as pessoas. “As pessoas querem muito ser ouvidas”, disse, ressaltando ser a união de forças imprescindíveis na superação dos percalços.
Ao entregar a síntese do documento Pacto pela UFMA, a professora Zefinha Bentivi, reconheceu a legitimidade do movimento subscrito por mais de 400 integrantes. “Esse é um trabalho que muito nos orgulha, porque começamos pelos nossos pares. É fruto de um processo plural e democrático”, disse, destacando que, pela primeira vez, a UFMA contará com um candidato que não é da situação e nem de nenhum poder, mas um candidato consensual da universidade. “Natalino é nosso candidato”, definiu Zefinha Bentivi.
O candidato reconheceu a pujança da instituição na produção de conhecimento, produto de uma massa crítica consolidada. “Temos que trabalhar a universidade em todas as suas dimensões. Não somente o tripé; ensino, pesquisa e extensão, mas sua relação externa com a sociedade. Assim como sua internacionalização, fortalecendo todos os segmentos”, expôs o candidato.
No discurso aos apoiadores, Natalino destacou a proposta da UFMA galgar melhor posição no ranking nacional das universidades. Para isso, recomendou concentrar esforços em projeto em todas as áreas acadêmicas. O professor ressaltou que hoje a universidade conta com 42 professores de administração, a maioria doutores com competência comprovadas para integrar todos os projetos de gestão descentralizada.
Salgado recordou que só recentemente a UFMA deixou de ser uma universidade concentrada na capital. “Não havia preocupação nem com aqueles que moravam no entorno da universidade. Foi necessário quebrar tabus, construindo um muro, mas ela o ultrapassou e devolveu a titularidade da terra resolvendo um problema social do passado. Nunca antes a UFMA esteve tao perto da sociedade”, observou.
Para melhoria dos processos de gestão, Natalino recomenda parceria com o Ministério Público e órgãos de controle para que assim sejam implantados novos métodos de transparências, melhorando a qualidade da aplicação dos recursos. Para isso, pretende isolar os processos arcaicos ainda resistentes na comunidade acadêmica, abrindo portas para o terceiro setor e à iniciativa privada e tudo que possa interagir para melhorar a sociedade.
“Nossa responsabilidade final é com o aluno que tem que ser formado com competência. Com o canudo do diploma terá uma consciência crítica e afirmará: eu aprendi. Estou preparado para exercer a minha profissão com os conhecimentos técnicos na minha área. E tive uma formação moral e cívica, de respeito às instituições. Portanto, estou preparado para contribuir com a sociedade”, descreveu.
Segundo Natalino, é desta forma que se dá a retribuição àqueles que pagamos nossos estudos e concluiu afirmando que como reitor seu gabinete estará sempre aberto a todos.