João Menezes comemora no Pan o ouro no tênis e a vaga nos Jogos de Tóquio 2020

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Brasileiro vence o chileno Tomás Barrios na final em Lima por 2 a 1 e, para assegurar o direito ao passaporte olímpico, o atual 212º do ranking precisa seguir entre os 300 melhores.

O tenista João Menezes se tornou o sétimo brasileiro na história a conquistar um título pan-americano de simples no tênis. Neste domingo (04.08), o atleta venceu na final dos Jogos Pan-Americanos de Lima o chileno Tomás Barrios, por 2 sets a 1 (7/5, 3/6 e 6/4). Além do pódio para o país na partida disputada na quadra do Clube Lawn Tennis, na capital peruana, o mineiro de Uberaba, de 22 anos, assegurou uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Para confirmar o passaporte olímpico, João precisa se manter no top 300 do ranking mundial até junho de 2020.

“Venho em uma crescente grande. No início do ano comecei como 380º do ranking. Hoje estou na posição 212. Estou no melhor momento da minha carreira, participei de uma final de mais um torneio nível Challenger. Agora, vou ter dois dias de descanso para voltar a treinar e jogar o Qualifying do US Open, em Nova York. Espero aproveitar essa maré da medalha de ouro e a confiança que ganhei”, disse João.

Na história do Brasil em Jogos Pan-Americanos, o país já tinha subido ao ponto mais alto do pódio em outras seis ocasiões, com Ronald Barnes (1963), Thomaz Koch (1967), Fernando Meligeni (2003) e Flávio Saretta (2007), no masculino. No feminino, Maria Esther Bueno (1963) e Gisele Miró (1989) também foram campeãs de simples.

João Menezes começou a somar pontos no circuito mundial a partir de março deste ano. O tenista chegou a Lima como sétimo cabeça de chave e saiu com o ouro. “Tive muitos momentos ruins na partida no primeiro set, até o 5/4, quando virei. No segundo, ele foi melhor do que eu. No terceiro, ele foi melhor até o 2/0, quando quebrei e fiz 2/2. A partir daí o jogo mudou”, analisou.

Na campanha vitoriosa em Lima, João disputou cinco partidas. A estreia foi já na segunda rodada do torneio, com vitória sobre o uruguaio Franco Roncadelli por 2 sets a 0 (6/4 e 6/0), em 1h03min. Na terceira rodada, superou o argentino Francisco Cerundolo por 2 sets a 1 (2/6, 6/3 e 6/4), em 2h03min de partida. Já nas quartas de final, o adversário foi o chileno Nicolás Jarry, batido por 2 sets a 0 em 1h43min, com parciais de 7/5 e 6/4.  Um dos pontos altos do brasileiro em Lima veio na semifinal, com a vitória sobre o argentino Facundo Bagnis, de virada, por 4/6, 6/2 e 6/4. Bagnis defendia o título conquistado no Pan de Toronto, no Canadá, quatro anos atrás.

Na história do Brasil em Jogos Pan-Americanos, o país já subiu no lugar mais alto do pódio com Ronald Barnes (1963), Thomaz Koch (1967), Fernando Meligeni (2003) e Flávio Saretta (2007), no masculino. No feminino, Maria Esther Bueno (1963) e Gisele Miró (1987) também foram campeãs de simples.

Persistência

A medalha deste domingo teve significado adicional para o atleta. Em 2018, o tenista pensou em abandonar o esporte. “Várias vezes pensei em parar. A primeira foi quando saí de casa, com 15 para 16 anos. Depois tive uma série de lesões complicadas. Na última cirurgia passei 11 meses sem competir. Tive problema de hérnia de disco, pensei em parar e depois tive uma mudança total na minha vida. Fui morar na Espanha durante um ano e meio. Lá, cresci muito, mas no final fiquei um pouco depressivo, estava sozinho e não estava legal. Acho que agora as coisas estão tomando um caminho certo”.

O chefe da equipe de tênis do Brasil, Eduardo Pedroso, fez o balanço da participação nacional. “Acho que a gente volta para o Brasil com uma grande campanha. Nós jogamos o Pan com dois atletas no masculino e dois no feminino e estamos saindo daqui com três medalhas e uma vaga para as Olimpíadas de Tóquio 2020. É um saldo muito positivo para o país”, analisou.

Breno Barros, de Lima, no Peru – rededoesporte.gov.br

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