Como um rito quadrienal, segundos e terceiros colocados, que não obtiveram a aceitação majoritária da comunidade acadêmica, retiram seus nomes da lista que é enviada ao governo federal nas eleições da UFMA. Em 2007, por respeito às democracia, Francisco Gonçalves retirou seu nome, em 2011, Sirliane Paiva e Cláudia Durans e em 2015, Antonio Gonçalves.
Entretanto, em 2019, acontece o contrário: a sede pelo poder tomou conta do candidato de Nair Portela, João de Deus, que além de ter perdido as eleições duas vezes (nas urnas e nos Conselhos Universitários), ainda pleiteia junto ao governo Bolsonaro o cargo de reitor. O candidato recorre ao submundo e ao jogo sujo de burlar a vontade da comunidade universitária e ainda mais: fontes contam sobre possíveis vendas de cargos por apoio e articulação para ser nomeado. Contudo, suas tentativas de reunião com o ministro militar da educação foram frustradas. Após duras críticas ao ministro, Weitraub não quer vê-lo nem pintado de ouro.
Para além disso, nota-se que o fim da gestão Nair Portela tem trazido os piores problemas para a Universidade. Enquanto a rainha da Inglaterra (Nair) reina, o primeiro ministro (João de Deus) é quem toma conta de toda a administração da instituição. A segurança não existe mais; a pesquisa e extensão estão com cada vez menos apoio institucional; o wi-fi só funciona em raros locais; a UFMA virou uma máquina de manutenção da articulação política de João de Deus pela reitoria que, aos poucos, vem caindo aos pedaços sem manutenção física e sem ética.
Por Daniel Matos