O lockdown deve ser decretado pelo governo estadual segundo decisão do Poder Judiciário. O governador Flávio Dino se pronunciou pelas redes sociais, na sexta-feira, 1º, deixando claro que o que determinou o juiz Douglas Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, será cumprido.
Até aí, tudo bem. Não há dúvidas quanto à edição de decretos e isso o governador já confirmou que serão publicados já no domingo, 3, para valer dia 5, terça-feira. A questão central é:qual a capacidade de fiscalizar que o estado terá?
Barreiras nas principais avenidas evitarão aglomeração de fato? Pessoas em seus veículos proibidas de circular reduz a aglomeração? E quanto ao transporte público? E as barreiras nos bairros?
É sabido da população da Ilha de São Luís que a quebra do isolamento social tem sua contribuição pela falta de fiscalização. Por mais de uma vez, o governador Flávio Dino citou que a Polícia militar não deveria ser usada para garantir o cumprimento do que estava determinado.
Agora será essencial para isso, mas o governo vai dispor? Os atos podem ser truculentos e aí a imagem tão protegida do governador pode sofrer.
O fato é que o lockdown exige algo que a gestão estadual nunca fez efetivamente durante os decretos baixados: educar, fiscalizar e punir.
Talvez, somente a decisão judicial possa intimidar os mais destemidos dos cidadãos da São Luís que insistem em não cumprir nada do que vem sendo determinado desde a segunda quinzena de março.
Sem precisão – Em pronunciamento pelas redes sociais, o governador Flávio Dino falou sobre algumas das medidas que serão adotadas a partir da terça-feira, 5.
Barreiras nas principais avenidas, restrições de estacionamentos em locais públicos, agente para organizar filas de bancos. Estes são alguns exemplos.
Já quando o assunto é fiscalização, o governador Flávio Dino deixou claro que isso ainda está em discussão para que um planejamento seja feito até o domingo, 3.
Preocupação – Mas como se já fosse anunciando, Flávio Dino deixou claro que os descumprimentos das determinações previstas no lockdown serão comunicadas à Justiça.
Isso deixa claro que a preocupação do governador não é somente em salvar vidas. Mas também evitar que sua imagem política seja atrelada a atos de turbulência.
E Dino sabe que, se colocar seriamente a fiscalização para funcionar, os holofotes se virarão para a São Luís, que terá o primeiro decreto de lockdown do Brasil.
Estado Maior