O plano de expansão da rede atacadista Assaí para São Luís, conforme notícia dada pelo jornalista Diego Emir em seu blog nesta terça-feira (19) e ampliada nesta quarta (21), é confirmada pela direção da empresa, que no mês passado, numa teleconferência para analistas do setor de varejo, anunciou a intenção de se instalar, ainda este ano, em cinco estados. Dentre as novas praças a serem conquistas está o Maranhão.
Segundo Diego Emir, o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, confirma ter sido procurado por diretores da empresa, que detalharam a ele a estratégia de ampliação da rede para a capital maranhense, mas ele se recusa a revelar o teor das conversas “para não atrapalhar a instalação do empreendimento”.
De acordo com o colunista Renan Dantas, do portal Suno, no dia 21 de fevereiro, o presidente da empresa, Belmiro Gomes, afirmou a um grupo de consultores do setor varejista que, além do Maranhão, estão nos planos da rede sua chegada, em 2019, ao Amapá, Tocantins, Rondônia e Roraima. As primeiras lojas no Maranhão seriam na capital e a empresa já teria imóveis em negociação.
Com seu plano de expansão, a meta da empresa é chegar a uma receita de R$ 30 bilhões este ano, o que representaria R$ 5 bilhões a mais da obtida em 2018, quando chegou a um lucro bruto de R$ 25 bilhões, o que lhe deu R$ 23 bilhões em receita líquida.
O segmento em que o Assaí, controlado pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA), pretende crescer é do atacarejo, hoje dominado no estado pelo Grupo Mateus. De acordo com Belmiro Gomes, essa modalidade de comércio é autossustentável.
Em 2018, o Grupo Pão de Açúcar abriu 18 unidades do Assaí, mas ficaram faltando duas do projeto de vinte, provavelmente as que tinha planejado para São Luís.
No mês de janeiro, diretores da empresa participaram, em São Luís, do Ciclo de Seminários Mais Desenvolvimento que teve como tema “Oportunidades para a cadeia produtiva do atacado e varejo supermercadista no Maranhão”, desenvolvido pelo Governo do Maranhão.
Sobre esse projeto de expansão, a companhia informou que está “buscando maior assertividade nos investimentos”. Gomes ressaltou também que 72% de suas vendas vêm de aberturas de novas lojas e 28% do desempenho das antigas.
Recuperação – Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o varejo deve levar dois anos para recuperar as perdas acumuladas durante a crise no setor.
De acordo com os dados, o varejo só vai reaver o patamar máximo de vendas, que foi alcançado em outubro de 2014, em fevereiro de 2020. Para chegar a esse número, o CNC utilizou o crescimento mensal equivalente à média dos últimos 15 anos.
O setor de supermercados está a apenas 1,1% abaixo do ponto mais alto já alcançado. Porém, o segmento só voltará ao topo de vendas em junho de 2020. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) reconhece que 2018 não correspondeu as projeções. Para a entidade, a retomada ocorrerá nas vendas de 2020.
O Grupo Pão de Açúcar, controlador do Assaí, obteve 46,8% de alta no lucro líquido do quarto trimestre, atingindo R$ 414 milhões.
(Com informações do Suno e do blog Diego Emir) via Maranhão Hoje.