Phelps luta contra depressão e diz estar no limite devido à pandemia

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Maior campeão olímpico da natação, o norte-americano escreveu um texto para a ESPN dos EUA e admitiu: ‘Nunca me senti tão esmagado’.

O maior campeão olímpico da história da natação, com 23 medalhas de ouro, 3 de prata e duas de bronze, teve coragem para expor o que a pandemia do novo coronavírus está fazendo com sua saúde mental. Aos 34 anos, Michael Phelps escreveu um artigo para a ESPN dos Estados Unidos em que afirma nunca ter vivido uma situação pior na vida. Confira a seguir o relato completo.

Phelps é casado com Nicole Michele e eles têm três filhos: Beckett, Boomer e Maverick. São eles que mais ajudam o nadador a seguir os dias em casa. 

“Querem saber a minha verdade? Como estou lidando com a quarentena e a pandemia? Vamos colocar assim: ainda respiro. O meu humor oscila. A pandemia tem sido das coisas mais assustadoras pelas quais já passei”.

“Fico grato por tanto eu como a minha família estarmos bem, e por não ter de me preocupar com pagar contas ou pôr comida na mesa como tanta gente. Mas ainda assim, nunca me senti tão esmagado”.

Não sair de casa para nada é o que mais incomoda o Michael Phelps. “A pandemia tem sido um desafio para mim, como eu nunca esperei. Toda a incerteza. Estar fechado em casa. E as perguntas são tantas”.

“Quando é que isto vai acabar? Como é que vai ser a vida depois disto acabar? Estarei a fazer tudo para estar seguro? A minha família está em segurança? Isto está a deixar-me louco. Estou habituado a viajar, a competir, a encontrar pessoas. Isto é uma loucura”.

“Tenho de fazer ginástica todos os dias, pelo menos, 90 minutos. É a primeira coisa que faço. Acordo entre as 5.15 e as 7 horas, sem despertador. Tem dias em que não tenho vontade de ir. Mas forço-me pela minha saúde mental e física. Se um dia falho, é um desastre. Entro numa espiral negativa na minha cabeça. Quando isso acontece, sou a única pessoa que quer acabar com isto. Geralmente não acaba depressa”, conta o ex-nadador que sofre de depressão.

“Deixo a coisa andar, como que para me castigar. É o que acontece quando cometo um erro ou chateio alguém, acho sempre que a culpa é minha e descarrego em mim. Quando isto acontece dia após dia, as coisas ficam assustadoras. E é assim que tem sido esta quarentena grande parte do tempo”.

Não é a primeira vez que o astro fala sobre seu problema com depressão. Ele, inclusive, faz campanhas de conscientização para que as pessoas com problemas procurem ajuda. Como nesta foto, em que ele diz: “Durante um longo período de incertezas, todos precisamos de apoio que possamos confiar”.

Antes da Olimpíada do Rio de Janeiro, Phelps contou que sofria com depressão e se tratava do problema. Depois de Londres, ele parou por quase dois anos. Em 2018, admitiu que até pensou em tirar a própria vida depois dos Jogos de 2012.

Mas o namoro com Nicole e o nascimento do filho Beckett o ajudaram a reagir.

Fonte: R7.com

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