Quem estaria por trás da recriação do Ministério da Segurança Pública?

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Além de Rodrigo Maia, governadores colocaram Jair Bolsonaro contra a parede para recriar o Ministério da Segurança Pública — hoje, o presidente admitiu pela primeira vez que existe essa possibilidade.

Os argumentos técnicos — de maior interação com as Secretarias Estaduais de Segurança e descentralização do recursos — fazem fumaça para a intenção de enfraquecer ainda mais Sergio Moro, hoje ministro da pasta que reúne a Justiça e a Segurança Pública.

Ele disse não saber “quem está puxando isso”, mas deu a dica: “Talvez Ibaneis possa informar melhor”.

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, comanda o Fórum de Governadores, que tenta concentrar os principais pleitos da turma.

O emedebista, que também chega a se colocar como presidenciável nos bastidores, está em pé de guerra com Moro desde o ano passado, quando o ministro decidiu transferir líderes do PCC para o presídio federal de Brasília. “Essa atitude do ministro Moro demonstra que ele não conhece nada de segurança, realmente”, disse Ibaneis, em março de 2019.

Também é importante observar que quem tem encabeçado o grupo de secretários que pede a volta do Ministério da Segurança Pública é Anderson Torres, secretário de Ibaneis no governo do DF. Como mostramos, ele chegou a ser cotado para assumir a diretoria da Polícia Federal durante a crise com Maurício Valeixo, já foi assessor do Delegado Fransichini (PSL) e disse que não descarta assumir a nova pasta, caso seja chamado.

Nesta semana, Torres enviou ofício ao Ministério da Justiça se queixando do “silêncio dos órgãos federais” e pedindo explicações sobre o real cenário do presídio federal em Brasília e qual o grau de ameça para a população, como também registramos aqui.

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