Yglésio denuncia o baronato da educação com aumento de mensalidades acima da inflação

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O deputado estadual Yglésio Moyses (PROS) utilizou a tribuna na sessão plenária desta terça-feira (1o) para falar sobre o aumento nas mensalidades de instituições particulares na capital, principalmente os maiores grupos. Segundo o parlamentar, ao passo que parte das escolas anunciou o não reajuste nas mensalidades para o próximo ano, e outras a redução, instituições como o Colégio Literato, Escola Crescimento e Universidade Infantil Rivanda Berenice (UIRB) anunciaram reajustes que variam de 4,9% a 7%, percentuais acima da inflação: a previsão é de 3,47% em 2021.

Para 2021, é importante destacar que o salário mínimo terá um aumento de 2,1%, algo bem abaixo da inflação, reduzindo, assim, o poder de compra dos trabalhadores. “Que serão prejudicados pelo aumento nas mensalidades já previsto para o ano que vem”, frisou o deputado.

Com o aumento, conforme o deputado, essas instituições vão de encontro aos esforços feitos pelas esferas legislativa, judiciária e executiva para proporcionar um cenário de flexibilidade socioeconômica, de modo que todos possam se recuperar dos efeitos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus.

O deputado destacou que os pais não terão como arcar com esse aumento crescente, pois ainda precisam comprar material escolar de alto custo, dando destaque para o material bilíngue, pois há casos em que o material nem foi utilizado este ano.

“Eu fico me perguntando como os pais terão condições de arcar com custos crescentes porque, muito dificilmente, eles têm apenas um filho na escola. Já há relatos de escola com custo de material escolar de mais de R$ 4 mil por ano. Há situações, como o Dom Bosco, que não utilizou o material bilíngue durante o ano inteiro e já estão cobrando pela compra de um novo material!”, informou o deputado.

O discurso do deputado é um reflexo da preocupação da sociedade, em especial os pais de alunos, em meio a um cenário onde a lenta recuperação das empresas, emprego e renda ainda não configuram um cenário de estabilidade capaz de suportar aumento nos preços, sem que as pessoas sofram o peso disso no bolso e, consequentemente, na manutenção da qualidade de vida dos indivíduos.

Fonte: Tribuna98.

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